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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Lobos e Peles de Ovelhas - Moda e meio Ambiente

editorial: 
All You Can Get por Ryan Yoon para Virgine #1

Esta imagem me instigou a escrever sobre um assunto bem polêmico e que cabe a cada um refletir que caminho seguir, mas ao mesmo tempo se antenar ao que vem acontecendo no quesito leis e justiça. 
A milhares de anos quando os homens ainda viviam em cavernas e disputavam o mesmo espaço de sobrevivência com muitos animais ferozes e até mesmo com outros seres humanos era necessário o uso de peles de animais para garantir proteção contra intempéries, mas parece que este costume ainda reina na sociedade. Pelo menos por enquanto.
Este assunto é sempre muito complexo de ser tratado pois mexe com toda uma sociedade capitalista e com grandes ambientalistas, ativistas e milhões de pessoas preocupados com a causa contra a utilização de peles de animais.
Os casacos de pele surgiram no seculo XIX na europa. Como os vestidos de festas eram finos demais para suportar o inverno europeu, tiveram a ''brilhante'' ideia de fazerem casacos com pele de animais. E desde entao, animais como Chinchilas, coelhos, lebres, visons, raposas e martas; sao caçadas, mutiladas, e se transformam em casacos de pele.
Algumas das revoltas são devido a grande brutalidade que sofrem os animais que podem ser eletrocutados, asfixiados, envenenados, gazeados, afogados ou estrangulados. E muitas vezes eles não morrem na hora, alguns são esfolados ainda vivos, arrancam suas peles com eles ainda andando. Em alguns locais, para que as peles fiquem intactas, corta-se a língua do animal deixando-o a sangrar até morrer - comenta o site bichosbrasil.com
Ainda há uma grande preocupação com o meio ambiente e com a extinção destes animais.

Segundo alguns dados:
Os Animais em Números Para fazer um casaco de peles de comprimento médio matam-se:
125 arminhos
100 chinchilas
70 martas-zibelinas
50 martas canadianas
30 ratos almiscarados
30 sariguéias
30 coelhos
27 guaxinins
17 texugos
14 lontras
11 raposas douradas
11 linces
09 castores

Grandes escandalos surgem a cada dia conra a luta do uso de peles de animais. 
Desfiles já foram interrompidos com manifestações e artistas criticados pelo uso de pele:









A colcci por exemplo em sua página oficcial do facebook manifestou-se a respeito da grande polêmica envolvendo o uso de peles de animais em sua coleção.


Ainda em declaração sobre a polêmica a Arezzo esclarece:

AREZZO ENCERRA PELEMANIA

Em respeito aos consumidores e por acreditar na pluralidade de opiniões, a Arezzo reitera que não comercializará mais em suas lojas qualquer produto com pelo de animais. Para que não pairem dúvidas, a empresa determinou também a suspensão da venda de produtos com pelo sintético, finalizando definitivamente o tema Pelemania nas nossas lojas.

"A partir de hoje abrimos um canal direto para que os internautas possam tirar suas dúvidas pela nossa fan page no Facebook ou pelo site oficial. A empresa se sensibiliza com as manifestações e entende que o caráter colaborativo da internet pode ser um instrumento para a co-criação no mundo da moda.
Somos uma empresa dinâmica e constantemente em busca de inovação; lançamos anualmente nove coleções diferentes, com cerca de cinquenta temas em linha com as últimas tendências da moda mundial e de acordo com o desejo de nossos consumidores.
Reforçamos, assim, que nossos clientes continuam dispondo de um portfólio de produtos diversificados, inovadores e de qualidade, como é nossa vocação.
Na nossa fan page já reunimos as principais questões dos internautas que chegaram ao nosso conhecimento nos últimos dias, com as respectivas respostas. O espaço está aberto."
Equipe Arezzo

Ainda outras marcas foram criticadas por defensores dos animais como Animale, Cris Barros e M.officer:






Segundo uol.com no começo deste mês a Câmara analisa o projeto de lei 684/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que torna crime o uso de peles de animais silvestres, domésticos ou domesticados, sejam eles nativos ou exóticos, em eventos de moda no Brasil. A pena prevista é de reclusão de um a três anos e multa.
O projeto acrescenta artigo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Para o autor, a criminalização do uso de pele de animais nas passarelas é uma forma de coibir o comércio do produto.
Prado lembra que o comércio de peles já é proibido nos Estados Unidos e na Itália desde 2000. A União Europeia proíbe o comércio de produtos oriundos de pele de cães e gatos.
"O uso de peles verdadeiras enseja a prática de crueldades que causam sofrimento intenso nos animais", afirma. "Existem vários outros produtos que atendem o inverno brasileiro, como o tricô e as peles sintéticas, que são mais leves, mais duráveis e práticas para cuidar", complementa.
Tramitação:
O projeto será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o plenário.
Portanto queridos fashionistas, o que fazer neste inverno para evitar colaborar com a covardia e ainda entrar na moda de maneira bem mais ecológica?
Uma boa solução é o uso de tecidos semelhantes a peles de animais e até mesmo com uma qualidade melhor. Além disso traz grandes benefícios como: facilidade de manutenção e durabilidade e até mesmo financeiramente mais econômicas. Uma bela forma de preocupar-se com os animais e manter-se na moda.

Medidas simples podem ser tomadas para ajudar a proteger os animais contra o comércio de extração de peles segundo wspabrasil.org
Evite consumir qualquer produto à base de pele: os rótulos podem ser enganosos! As peles de cães e gatos costumam ser descritas como “vintage” ou “artificiais”, para atrair os consumidores.
Certifique-se de que a sua loja favorita não comercializa peles
Vote, ou ingresse no Design Against Fur (design contra a extração de peles):Esse concurso anual promove a criação, por estudantes de todo o mundo, de artes gráficas que exponham a crueldade da extração de peles.
Saiba mais: para maiores informações sobre a criação de animais para extração de peles, sobre os animais usados nesse mercado, e para ter acesso a um guia sobre como distinguir peles sintéticas das verdadeiras, visite o site da Fur Free 

A verdade é que estamos no século XXI e como mentes evoluídas temos de atualizar-nos, prestar atenção em nossa volta e esquecer as futilidades de uma moda agressiva e polêmica. Beijos

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